Era abril de 2017, Cavaleiro do Bem nasceu assim.
Estávamos todos consternados com o acidente que acometeu Arlindo Cruz, um gênio da raça, inspiração e referência pra todos nós que crescemos na década de 80.
Na década de 90, nove entre dez álbuns gravados tinha sua assinatura, com banjo e suas composições. Não passava batido.
Mas, aquele dia eu estava ouvindo tudo que podia das suas composições e gravações, sabedor que o que se tinha era aquilo, não haveria mais.
Nisso, sobe uma janelinha no meu computador, eu estava trabalhando, era Fabiano Tatu, grande parceiro e amigo.
Começamos um papo de amenidades, a certa altura eu disse que estava ouvindo Arlindo, e complementei dizendo que ouvir Arlindo me dava vontade de sair escrevendo, sair compondo.
Tatu me disse: ué, escreve.
Daí começamos:
só de ouvir, dá vontade de fazer, de tão bom,
a melodia é seu samba…
Lentamente foi saindo.
Obviamente que sabíamos que precisaríamos de muita poesia, afinal, homenagem ao Arlindo não pode ser qualquer nota.
Convidamos Pedrinho Sem Braço para singrar conosco esse mar de poesia.
Não foi fácil.
Após uns 3 encontros tínhamos o que precisávamos, então estava pronta, homenagem feita.
Dois anos depois eu resolvo gravar o segundo EP, cujo título é Cavaleiro do Bem, chamei Danilo Alves, outro fera na produção para conduzir os arranjos e a produção musical, lá no O Balanço Stúdios. com o controle do amigo Clayton Reis, o mago das mesas.
Então, convidei Pedrinho Sem Braço para dividir comigo os versos desse lindo samba.
Em 2020 a gente conseguiu lançar o EP, Cavaleiro do Bem é umas das faixas que as pessoas mais gostam.
Viva Arlindo Cruz! O Cavaleiro do Bem.
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