A terra gira

Num dia comum, de repente, meu amigo e parceiro Paulinho Cuíca me chama pelo celular. O assunto era o repertório de uma cantora soteropolitana que estava escolhendo músicas para gravar em seu álbum. Trocamos ideias e ele me passou o número dela.

Liguei para ela e tivemos uma conversa. Havia uma faixa ainda por escolher, o que acabou se tornando quase uma encomenda para mim. Combinei de escrever algo para ela.

Inicialmente, seria um samba meu e do Paulinho, mas, no entanto, as coisas não progrediam. A inspiração não vinha, o tempo passava rapidamente.

Paulinho desistiu, e eu também meio que desanimei.

Eu já havia escrito a maior parte do samba. Um dia, conversando com Pedrinho Sem Braço, mencionei que tinha um samba para trabalharmos juntos. Falei sobre a cantora e ele pediu para ver o que eu tinha feito. Mostrei a ele! Ele imediatamente perguntou: “O que mais você precisa? Está praticamente pronto.”

Ótimo! Fizemos alguns ajustes, “envernizamos” a letra, fizemos uma gravação guia e enviamos para a cantora.

Silêncio! O silêncio persistiu. Um dia, uma semana, um mês.

Como todo compositor sabe, quando um cantor ou cantora pede uma música e você envia, mas não recebe resposta, é hora de seguir em frente.

O tempo passou, um dia decidi gravar um EP. Convidei Pedrinho para produzir comigo. Entre as faixas, uma delas era “A Terra Gira”. Se a cantora não gravasse, eu gravaria.

A outra faixa escolhida foi “Meu Vinho, Meu Pão, Minha Fé”, uma parceria minha com Emerson Urso.

O trabalho foi gravado na Sala Boldrini, do querido amigo Marcus Vinicius.

Você ainda pode ouvir A terra gira em todos os aplicativos de música através da barra à direita.

 

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