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Nascido nas comunidades do sudoeste da capital paulista, fui criado nas redondezas da Favela da Imprensa e, mais tarde, na Vila Brasilina, contudo, não tinha nenhuma visão sobre ser um compositor.
Desde a infância, o samba me impactou, sendo influenciado pelos gostos musicais dos meus irmãos. No entanto, somente no final da década de 80, com a chegada do primeiro aparelho de som 3×1 à família, a arte por trás das canções começou a ser compreendida por mim.
De cara me vi influenciado pelo samba e seus nomes mais conhecidos (Martinho da Vila, Almir Guineto, Clara Nunes, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho entre outros).
Na virada para os anos 90, a residência foi estabelecida na Vila Moraes, onde atividades relacionadas ao samba foram abraçadas de forma mais intensa por mim.
Grupos foram formados, concursos acirrados de samba-enredo foram participados e rodas de samba em diversos locais foram frequentadas, acumulando assim experiência e reconhecimento.
Só de ouvir, dá vontade de fazer de tão bom
A melodia é seu samba,
Dá vontade de amar, dá vontade de viver
E o que eu vou dizer...
Apenas em 1994, aos 16 anos de idade, os primeiros passos como compositor foram dados por mim, entoando os primeiros versos e defendendo um samba de Pedrinho Sem Braço no Brinco da Marquesa. Fui gentilmente convidado por um dos grandes mestres sala de São Paulo, Ednei Pedro Mariano.
A partir desse momento, minha jornada como compositor tomou vida própria, marcando presença em diversos eventos e conquistando parceiros de vida e música ao longo do caminho.
Nos primeiros anos da década de 2000, um convite de Fabiano Garcia para uma roda de samba no centro da cidade foi um marco significativo nessa trajetória. Foi lá que conheci uma variedade de talentosos músicos que se tornaram amizades frequentes.
Junto com nomes como Arnaldinho, Serginho Madureira e André Pantera, participei ativamente na produção do álbum “O Samba que a Gente Faz”, do Clube dos Sambistas de São Paulo, trazendo novas perspectivas e abordagens dentro do universo do samba.
A partir desse ponto, muita história foi escrita.
Como diretor de marketing do Clube dos Sambistas, minha primeira composição foi gravada por Emerson Urso. Além disso, participei como cantor e compositor no CD “O Samba que a gente faz”, onde também atuei como produtor.
Diversas composições foram criadas e colaborações foram estabelecidas com vários artistas.
T. Kaçula me convidou para participar de uma de suas produções. Assim como Roberto Lima, Monica Soares, Roberta Oliveira, Paulinho Cuíca e SP Em Retalhos, que gravaram minhas músicas.
Junto com Willian Nazário, outro dos meus parceiros, fundamos a Associação Compositores do Samba em 2006.
Além disso, ao longo do tempo, recebi várias premiações e reconhecimentos. Exemplo disso foi o concurso promovido pelo jornal O Globo e a produção de Zeca Pagodinho com a música ‘Além da Vida’ em 2007. Outro exemplo foi o Projeto Ensaio Geral do GRES Quilombo.
A partir de 2008, atuei como jurado em diversos eventos de samba, ampliando minha contribuição para além das composições. Entre 2016 e 2021, conquistei cinco vezes consecutivas o título de campeão do Samba de Enredo do Brinco da Marquesa, além de outros prêmios em agremiações como Grasifs, Gaviões da Fiel Rio Claro e UVA.
Além de participar ativamente na cena do samba, tenho o prazer de contribuir com shows e rodas de samba ao lado de amigos e colaboradores em toda a região metropolitana de São Paulo.